O que escrevem sobre nós

Restaurante “Guerreiro”, em portimão

“(…) Fomos encontrar pitéus deliciosos, como as sardinhas fritas, carapaus fritos com açorda, lulinhas fritas, caras de bacalhau, peixe-espada frito, além do peixe para grelhar.

Nas carnes, bochechas de porco estufadas, bifinhos de porco c/ cogumelos, costeletas de porco preto, entrecosto grelhado, bife «Diana», bife «pimenta».
Os vinhos são quase exclusivamente alentejanos correntes, indo do vinho da casa (Real Lavrador), a 4,95/2,95 euros, ao Visconde de Borba e Monte Velho, a 9,80 euros. Para quando um pequeno investimento no vinho algarvio?

O serviço é sóbrio, mas eficiente, e a relação qualidade/preço é boa, com o preço médio da refeição com vinho a rondar os onze euros.

O estacionamento gratuito está assegurado numa garagem fechada e vigiada, a dez metros de distância, mediante apresentação do vale emitido pelo restaurante.”

Rafael Rodosa, in www.Barlavento.pt (secção Restaurante), 17 de Junho de 2010

O restaurante de Portimão mantém prato há cerca de 30 anos

“Independentemente do gosto de cada um, porque o palato difere de pessoa em pessoa e por isso a apreciação pode variar, a açorda de marisco do Guerreiro deu nome ao restaurante, que se mantém fiel aos seus primórdios: popular e sem luxos mas agradável.

Os apreciadores de boa comida, sobretudo os que são fiéis à boa cozinha tradicional portuguesa e, por arrastamento, ainda torcem o nariz à moda gourmet e a essas “asiatices” do sushi e mariquices idênticas, gostam sempre de uma boa açorda. Seja ela de alho, com o sápido do gadídeo ou outro peixe, de tomate como os beirões se deliciam, ou de marisco. Uma açordinha bem no ponto, não demasiado papada, e para isso o pão conta muito, sabe a qualquer bico que se preze.

Em Portimão, o velhinho restaurante Guerreiro, na rua Bento de Jesus Caraça, que já foi do Ultramar Português, aberto há cerca de 30 anos, ganhou fama pela açorda de marisco. Os segredos da receita, passaram do chefe Guerreiro, que a lançou, para o Nuno Pinto, agora o manda-chuva da cozinha. “Uma açorda, embora pareça fácil de fazer, também tem os seus segredos e até o pão influencia o resultado final”, diz-nos Nuno, sem que, nem por artes do diabo nos revele os quês e porquês daquele sabor que celebrizou a açorda do Guerreiro.

O Restaurante Guerreiro, um restaurante popular, tem, além da açorda e do arroz de marisco, especialidade das casa, a feijoada de buzinas ao domingo. Feijoada que já foi de dobrada, mudança que se verificou aquando da doença das vacas loucas. Estas, estupidificaram os comensais e lá se foi um pitéu. Contudo, a sucedânea de buzinas, bem mais algarvia, não deixa os créditos por comensais alheios e ao domingo é ve-los à volta da bem apurada feijoada.

Os peixes do dia, o bacalhau cozido ou grelhado, os tradicionais bifes ou febras, como não podia deixar de ser, também alegram o cliente. Para não falar dos pratos do dia, que diferem, mantendo, no entanto, alguma persistência, para não defraudar os habituais clientes.

Em resumo dos resumos, é certo que o Guerreiro já faz parte da tradição restaurativa portimonense. Restaurante sem grandes luxos, nem para grandes luxos, impôs-se paulatinamente, graças à equipa liderada por Nuno Pinto nos tachos e o José Carlos nas mesas.”

P.M., Jornal Edição Especial, 26 de Fevereiro de 2010